A mulher não pôde deter um arroto na mesa do restaurante. Ficou rubra. Baixou a cabeça.
O cavalheiro à sua frente - sua companhia - percebeu o pejo dela. E propositalmente sorveu num ruído o uísque, mastigou com a boca escancarada a comida, lambeu os beiços e palitou os dentes sem esconder o palito entre os dedos.
Tudo isso tentando empanar a vergonha dela ao sofrer a triste eructação.
Ela percebeu o cavalheirismo. E o amou. E ele também a amou, mais do que ela a ele, porque ela assim permitia que ele desse vazão aos seus instintos de homem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário